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O CONBRAVA 2023 deixou um duradouro legado ao inspirar a colaboração entre líderes acadêmicos, empresariais e governamentais de todo o país. As discussões e descobertas compartilhadas durante o Congresso irão catalisar avanços inovadores em práticas sustentáveis, resultando em uma indústria mais consciente do meio ambiente e em políticas públicas voltadas para a preservação do planeta.

O desafio é sempre trazer apresentações de qualidade elevada, com conteúdo técnico e acadêmico, sobre o que há de mais moderno, tendências e casos de sucesso no setor AVAC-R.

O evento também reforçou uma rede de especialistas comprometidos com soluções de saúde e sustentáveis, tema do Congresso, que continuará a moldar positivamente o futuro das gerações vindouras.


Engº Leonardo Cozac
Presidente da Comissão Organizadora do CONBRAVA 2023

 

Legado da Mesa-redonda de Eficiência Energética

A Mesa-redonda de Eficiência Energética, conduzida pelo Eng° José C. Felamingo e pelo Prof. Enio Bandarra (UFU), teve como participantes: o Prof. José Roberto Simões-Moreira (USP), o Prof. João Pimenta (UnB), o Engº Rogério Marson Rodrigues (Eletrofrio) e o Engº Mario Alexandre Möller Ferreira (Projetos Avançados Engenharia), que apresentaram e discutiram com os congressistas presentes os seguintes pontos relacionados com o tema “O AVAC- R, numa perspectiva de energia renovável”:

  1. Uso da bomba de calor, tanto para aquecimento como para resfriamento, concomitantes ou não, em substituição aos combustíveis fósseis, e mesmo no aquecimento resistivo, seja em conforto, aplicações comerciais ou industriais.
  2. Uso da energia fotovoltaica em conjunto com a termoacumulação, permitindo sua utilização mesmo fora dos períodos em que o Sol está presente.
  3. Maior preocupação na recuperação de calor nas tomadas de ar externo (TAE) com o uso das VRV (energy recovery ventilation), através dos inúmeros métodos e equipamentos disponíveis para essa aplicação.
  4. Outro ponto importante levantado foi o “controle de entalpia” nos condicionadores de ar centrais.
  5. O uso do “free cooling”, sempre que possível, nas instalações individuais e centrais de ar-condicionado.
  6. A elevação do “set point” dos termostatos, sejam de equipamentos centrais ou mesmo individuais, colaborando com a redução do consumo de energia elétrica, desde que não diminuam drasticamente o conforto ou a condição de processo que dependa de temperatura mais rígida.
  7. O uso dos sistemas geotérmicos na captação ou rejeição de calor.
  8. Recuperação de calor de fontes diversas para produção de água gelada com o uso de chiller por absorção, ou ainda, no aquecimento direto de ambientes ou de processos.
  9. Ações passivas nas edificações (sombreamento, isolamento térmico “verde” etc.), agindo mais incisivamente junto aos arquitetos para soluções que reduzam a carga térmica na envoltória do edifício.
  10. Tratamento químico da água de condensação e água gelada, garantindo maior eficiência dos trocadores de calor (evaporadores, condensadores, serpentinas de resfriamento etc.), impedindo a formação indesejável da incrustação nos tubos, o que reduz o coeficiente de transferência de calor, com consequências danosas para a eficiência dos equipamentos.
  11. Operação e manutenção corretas e com pessoal devidamente treinado, conhecedor do sistema, que assim possa obter a eficiência para a qual foi projetado.

O tema da Mesa-redonda de Eficiência Energética, em sua 10ª edição, destacou a letra “R” da sigla “AVAC-R”, ou seja, a Refrigeração. Posto que temos hoje, instalados no país, mais de 94.000 supermercados, sendo que 70% da energia por eles consumida são para refrigeração e ar-condicionado, respectivamente 40% e 30%.

A conclusão final da mesa-redonda deixou aos participantes, como mensagem, a consciência que todos devemos ter para o uso eficiente da energia, mesmo que soluções mais eficientes “doam um pouco mais no bolso”. Porém, sejam elas vistas como um legado para aqueles que virão depois de nós.

 

Legado da Mesa-redonda Tratamento de Águas

Nos últimos tempos, o tema Tratamento de Águas permanece em evidência no setor do frio, e assuntos como conservação, performance e retorno sobre investimento ganharam destaque e deram a tônica do debate, além de destacar os avanços em questões primordiais que norteiam um programa de tratamento de águas.

A Mesa-redonda de Tratamento de Águas, coordenada pelo Charles Domingues (Presidente do Comitê Nacional de Tratamento de Águas) e por Alberto Hernandez Neto (Prof. associado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, no Departamento de Engenharia Mecânica) contribuiu principalmente para quebrar paradigmas relacionados ao tratamento de águas, à customização do programa de tratamento – em função de características de águas, em se tratando de um Brasil com dimensões continentais –, ao estado do sistema e ao ecossistema em que principalmente as torres de arrefecimento estão instaladas.

O debate levantou temas importantes, como a visão do fabricante sobre a importância do programa de tratamento de águas. O convidado Rafael Dutra (Trane) deixou claro que hoje em dia, o programa de tratamento de águas é uma realidade, se devidamente projetado e customizado, pois colabora para a conservação e eficiência dos equipamentos. Rafael mencionou ainda que quando é questionado a respeito dos parâmetros de águas, a orientação dada é a de consultar um especialista, de modo a compreender e classificar a melhor tecnologia a ser adotada.

O convidado Diego Freitas (CFQ) deixou em evidência a necessidade de os profissionais que atuam no processo de tratamento de águas serem registrados nos respectivos conselhos regionais por região, e que as atribuições do mesmo, podem ser checadas na caderneta fornecida pelo Conselho Regional de Química, junto ao documento de registro.

A necessidade do controle microbiológico em águas visando o controle principalmente da bactéria Legionella, associando casos de Síndrome de Edifícios Doentes à contaminação por veiculação hídrica, foi pontuada por Marcos Bensoussan. Neste contexto, foi colocado ainda que o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) sinaliza para a necessidade de torres de arrefecimento.

 

O programa de tratamento de águas contribui para a redução de depósitos incrustantes, favorecendo o rendimento dos equipamentos. Na sequência, foram discutidos por especialistas e pela plateia causas, origem e consequências dos processos incrustantes em sistemas de condensação, alertou o professor Alberto.

Daniel Lafaiete trouxe, para a mesa, a visão do usuário, mencionando que os programas de tratamento customizados tendem a ajudar cada vez mais na otimização dos sistemas de condensação e água gelada, levando à necessidade do reúso. Ficou o alerta sobre a necessidade da classificação da água para definição do processo a ser utilizado.

Concluo que o objetivo do nosso trabalho diante do tema Tratamento de Águas no setor AVAC-R é desmistificar o tratamento de águas, tirando o assunto do silêncio a que esteve submetido durante muito tempo, saindo da zona oculta e assumindo o protagonismo que merece. Nosso país tem dimensões continentais, e isso também torna enorme a diversificação das águas disponíveis para os mais diversos usos.

Falar da qualidade da água no tratamento de águas em sistemas de climatização é tão sério quanto a conservação dos equipamentos e sua utilização. Se hoje, nós não unirmos conservação e performance torna-se vã a luta de todos nós. Sem água, sem condicionamento adequado, sem eficiência energética, este é o alerta que deixamos como legado para o setor AVAC-R.


Legado da Mesa-redonda de Fluidos Refrigerantes

Principais pontos apresentados e discutidos durante a realização da mesa foram:

  • O Brasil ratificou a Emenda de Kigali, do Protocolo de Montreal, que em outubro de 2022 estabeleceu a redução do consumo de HFCs. A implementação da Emenda de Kigali, assim como de regulamentos regionais e nacionais, está levando a indústria de refrigeração e ar-condicionado e bombas de calor (RACBC) a intensificar o uso de refrigerantes com baixo GWP. Com a Emenda de Kigali, o cenário futuro está definido, e desta forma, o desenvolvimento e a comercialização de fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP em inglês) e de equipamentos para uso desses refrigerantes ganham mais impulso. O representante da empresa fabricante de fluidos refrigerantes sintéticos de baixo GWP (HFOs) apresentou as opções para as várias aplicações de RACBC.
  • Refrigerantes de baixo GWP são frequentemente inflamáveis e podem ter maior toxicidade. Ressaltou-se, na mesa, a necessidade de treinamento e capacitação de técnicos envolvidos com instalação e manutenção de sistemas utilizando esses refrigerantes.
  • A questão do uso da amônia, barreiras e oportunidades, foi debatida assim como o potencial para o uso deste refrigerante além das instalações de refrigeração industrial.
  • Foram também discutidas ações para conservação dos refrigerantes envolvendo sua recuperação e reciclagem, ou regeneração, e também as oportunidades relacionadas ao mercado de carbono.
  • A relação entre consumo de energia e uso de refrigerantes foi discutida, ressaltando-se que o maior impacto na eficiência dos sistemas de RACBC e no seu consumo de energia deve-se às características tecnológicas dos componentes e controles, sendo mais relevantes que as propriedades dos fluidos refrigerantes.
  • O representante do MMA apresentou dados sobre a situação atual no Brasil, referentes ao consumo de HCFCs e HFCs e às medidas que estão em andamento e às que serão tomadas para que o Brasil cumpra com as determinações do Protocolo de Montreal para eliminação dos HCFCs e redução do consumo de HFCs (Emenda de Kigali).

A mesa foi coordenada por Roberto A. Peixoto e Celina Bacelar. Participaram como convidados: Thiago Pietrobon (Presidente do DN de Meio Ambiente da ABRAVA e CEO da Ecosuporte), Carlos Ribeiro (Chemours) e Frank Amorim (Analista Ambiental do Ministério do Meio Ambiente).






 

Legado da Mesa-redonda Qualidade do Ar Interno

A importância da Qualidade do Ar Interno e o impacto na saúde das pessoas são temas há muito tempo debatidos, que continuam em evidência e ganharam notoriedade aos olhos de especialistas e da sociedade. A coordenação ficou a cargo do Engº Antônio Luís de Campos Mariani (coordenador do LEQAI USP – Laboratório de Qualidade do Ar Interno da USP – Universidade de São Paulo) e de Arthur Aikawa (Presidente do Qualindoor ABRAVA – Departamento de Qualidade do Ar Interno).

A Mesa-redonda sobre Qualidade do Ar Interno reuniu especialistas nacionais e internacionais para um debate focado em saúde, bem-estar e conforto, aliados a novas tecnologias e estudos que contribuem para a construção de um futuro saudável. A formação da mesa contou com a participação dos coordenadores e dos convidados Prof. Paolo Tronville (Politécnico de Torino, Itália) e Tatiana Herrerias (enfermeira do hospital Sírio-Libanês).

Entre os temas abordados, destacaram-se três pontos-chaves, combinando os elementos que nos direcionam para esse futuro saudável e sustentável.

– O que medimos, os resultados de medições, os processos de avaliação da qualidade do ar interior.

– As tecnologias, evolução dos processos de ar-condicionado e da ventilação para garantir a qualidade do ar interior.

– O controle da qualidade do ar e o controle de contaminação em ambientes na prática.

A análise de resultados, experimentos e casos concretos deu a tônica da nossa contribuição para entendermos melhor e evoluirmos na qualidade do ar interior.

CONBRAVA 2023

São Paulo/SP

Atendimento ao inscrito

 conbrava@abrava.com.br

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